O ManpowerGroup realizou recentemente o webinar Transformação do Trabalho: em que os líderes de RH deveriam estar pensando, o primeiro da série de eventos Human Age.
O cientista-chefe de talentos do ManpowerGroup, Tomas Chamorro-Premuzic, se uniu a dois profissionais renomados no assunto capital humano – Josh Bersin (analista global de RH e futuro do trabalho, reitor da Josh Bersin Academy) e Christy Pambianchi (EVP e CHRO da Verizon) – para uma conversa sobre como transformamos a crise em uma oportunidade de reimaginar um futuro melhor para o trabalho e para os trabalhadores.
Neste artigo, trazemos algumas das considerações mais relevantes deste encontro para o cenário brasileiro. Continue lendo!
Aproveite para descansar os olhos e ouça este conteúdo!
“Se você perde o toque humano, perde a fórmula secreta da sua empresa”.
Conforme enfatizado nos últimos meses, uma empresa não pode ser administrada com sucesso sem colocar a saúde e a segurança dos funcionários em primeiro lugar. Felizmente, a maioria dos líderes de RH são conectados dessa forma, sendo naturalmente orientados a querer ajudar.
Também estamos aprendendo que a capacidade de se adaptar rapidamente é necessária para que o líder seja capaz de permanecer eficaz. Manuais de empresas estão sendo desenvolvidos e atualizados em tempo real – não temos mais semanas para implementar as mudanças e devemos estar confortáveis com a mentalidade de ‘agora’.
“Temos lidado com pessoas que estão muito, muito inseguras e sentindo falta de controle”.
No ambiente de trabalho de hoje, os níveis de estresse e ansiedade são altos. Os colaboradores estão preocupados com sua própria saúde e família, fechamento de escolas e familiares idosos. Eles também têm o estresse das repercussões econômicas que essa pandemia causou e como isso pode estar impactando-os financeiramente. Além disso, eventos recentes nos Estados Unidos decorrentes de desigualdades e injustiças raciais estão aumentando o estresse. Os empregadores devem manter um diálogo aberto sobre o que está acontecendo e, ao mesmo tempo, contribuir para a mudança.
“Sinto que sei mais sobre meus colegas agora do que antes”.
Estamos vendo nossos colegas em suas salas de estar com crianças ao fundo. Essa conexão nos torna mais próximos e mais empáticos. Mas nem todos podemos trabalhar em casa para sempre. Realisticamente, apenas cerca de 30% de toda a força de trabalho é composta por empregos nos quais isso é possível. O que mais provavelmente acontecerá é esta ideia de um modelo de “escritório híbrido”, em que as empresas terão um espaço de escritório ou uma ‘base’ para quando for necessário interação física. Espera-se que os funcionários estejam no escritório apenas quando apropriado, oferecendo muito mais fluidez do que a programação típica de cinco dias das 9h às 18h. Até mesmo viagens de negócios sofrerão mudanças, pois aprendemos que muitas reuniões, mesmo que nem todas, podem ser feitas virtualmente.
“É importante acabar com as ortodoxias e tentar novas maneiras de fazer as coisas”.
Como vimos, os trabalhadores estão tendo que mudar e se adaptar a novas formas de trabalhar. Eles precisam ter uma mentalidade aberta para abraçar a mudança com motivação e vontade de aprender novas habilidades. Atualmente, os colaboradores passam mais tempo aprendendo, em parte pelo fato de terem mais tempo em casa. Os empregadores podem desempenhar um papel importante na qualificação, oferecendo treinamento online em programas relevantes. Alguns dos melhores desenvolvimentos de liderança também estão acontecendo agora, à medida que os líderes estão precisando se adaptar e crescer com as mudanças nas circunstâncias. Habilidades pessoais, ou habilidades de liderança, são mais importantes do que nunca. Escuta ativa, empatia, gentileza, paciência, seguidores e muitos outros são essenciais para o trabalho de todos e os colaboradores estão tentando aprender essas habilidades o mais rápido possível.
“Acho que as empresas estão mais confortáveis com o ritmo acelerado das mudanças, talvez nossa empresa possa se adaptar um pouco mais rápido do que pensávamos”.
A COVID-19 demonstrou que a transformação pode acontecer em um ritmo mais rápido do que jamais se imaginou. Ferramentas digitais, por exemplo, podem ser implementadas de maneira muito mais ágil. As empresas conseguiram realizar uma transformação cultural em duas semanas que, antes da pandemia, não teria sido realizada em 10 anos.
Os especialistas sugerem projetar para uma crise, não uma vez na vida, mas talvez uma vez a cada cinco a 10 anos – encorajando as organizações a incorporar velocidade e agilidade em seu DNA cultural, para que estejam mais preparadas para responder com eficácia à próxima crise.
“Estamos contando com a comunicação como um meio de impulsionar a conectividade na cultura”.
A comunicação é fundamental – promover discussões, seja por meio de sessões de suporte, reuniões de equipe ou fóruns abertos que permitam a realização de conversas. Atualmente, essas dinâmicas de equipe são mais fáceis de implementar, pois a maioria dos colaboradores já se conhece por compartilhar um espaço de escritório. No entanto, à medida que continuamos a transição para um mundo de trabalho mais virtual e remoto, precisaremos levar em consideração que pode haver mais desconexão entre as pessoas, levando as empresas a se esforçarem mais para preencher essas lacunas.
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*Texto originalmente publicado em: https://workforce-resources.manpowergroup.com/blog/transformation-of-work-what-hr-leaders-should-be-thinking-about