É muito comum ouvir em processos seletivos que, além das capacidades técnicas e experiência, também é avaliada a personalidade do candidato e se ela se encaixa com a cultura da empresa.
Ao unir experiência profissional e um perfil que se adequa à organização, a empresa consegue fazer uma contratação mais assertiva. Quando se trata de uma vaga de liderança, os diferentes estilos e perfis são avaliados ainda mais criteriosamente, já que nessa posição o profissional precisará liderar um time e lidar de forma harmoniosa com a equipe.
Nesse caso, não são avaliadas apenas as características essenciais de um bom chefe como proatividade, gestão e responsabilidade, mas sim o perfil geral desse líder, criado a partir de alguns fatores.
Normalmente, as áreas de Recrutamento e Seleção definem e usam alguns perfis de liderança. Entre os mais comuns estão: autocrático, especialista, liberal, democrático, carismático, meritocrático, coach e workaholic.
Neste post, explicaremos esses 8 perfis de líderes, indicando as principais características de cada um deles. Assim, você poderá entender em qual categoria mais se encaixa e qual mais condiz com a realidade da sua empresa. Confira!
Talvez o tipo mais comum, o líder autoritário já foi um perfil muito desejado por empresas, pois acreditava-se que, com a sua firmeza, ele conseguiria extrair os melhores resultados da equipe em melhores prazos.
Realmente, esse perfil tem um foco voltado para o resultado final das ações, mas acaba não conseguindo criar uma relação de confiança e parceria com seus colaboradores. Por esse motivo, hoje muitas empresas estão evitando contratar líderes autocráticos e dando preferências para profissionais mais compreensivos.
Pontos fortes: Mantém a equipe em um só foco e delega bem as tarefas.
Pontos fracos: É muito inflexível e rigoroso na cobrança de resultados.
No caso do líder especialista, é um profissional que ganha altos cargos na empresa devido ao seu conhecimento técnico e conhecimento do negócio.
Normalmente, esse perfil aparece mais em equipes técnicas que precisam de um entendedor da área para tomar decisões, ajudar na solução de problemas, controlar prazos e demandas. Mesmo com um grande conhecimento, esse líder pode não ter algumas características exigidas para um cargo de liderança.
Pontos fortes: Consegue entender bem as necessidades do funcionário e o funcionamento do time.
Pontos fracos: Precisa trabalhar o lado gerencial com características como liderança e gestão de pessoas.
Perfil oposto ao autocrático, o líder liberal não é centralizador e deixa a equipe mais livre para inovar e usar a criatividade.
Para que esse tipo de liderança dê certo, o chefe precisa conhecer e confiar em seus funcionários para que eles trabalhem sem uma supervisão ativa. Em situações emergenciais e que requerem participação, esse perfil tende a aparecer pouco e, com isso, acaba deixando a tomada de decisão completamente nas mãos da equipe.
Pontos fortes: Confia em sua equipe e acredita nos profissionais que lidera.
Pontos fracos: Pode deixar a equipe perdida e sem uma orientação.
Esse é um dos perfis mais desejados pelos liderados, pois garante envolvimento e engajamento de todos os funcionários. O líder democrático incentiva a participação de seu time e leva as opiniões em consideração na hora da tomada de decisão.
Com esse perfil, ele consegue aproveitar as expertises de cada funcionário, mas também pressupõe que os colaboradores tenham maturidade para expor seus pontos de vista e que saibam compreender quando a sua ideia não é aceita.
Pontos fortes: Deixa a equipe motivada e incluída nos processos da empresa.
Pontos fracos: Pode demorar na tomada de decisão e parecer indeciso.
Com um perfil inspirador, esse líder consegue motivar a sua equipe com seu otimismo, entusiasmo e dedicação ao trabalho.
O chefe que possui esse perfil consegue conquistar os seus funcionários, outras áreas e até mesmo atrair talentos para trabalhar com ele devido ao seu carisma. Em alguns casos, o líder carismático pode ter um problema de ego exaltado e isso pode prejudicar suas decisões e liderança.
Pontos fortes: Capacidade de engajamento e motivação da equipe.
Pontos fracos: Necessidade de status e dificuldade em ouvir opiniões diferentes das suas.
Usando métricas e indicadores de performance, o líder meritocrático avalia seus funcionários com base em sua produtividade. Tentando exercer uma liderança justa, ele reconhece os colaboradores que têm um desempenho acima ou igual ao esperado e tenta orientar aqueles que não atingiram suas metas.
O problema enfrentado por quem trabalha com um líder meritocrático é que ele não considera perfis individuais e tarefas na hora de comparar o resultado geral da equipe.
Pontos fortes: É justo e propõe mudanças na equipe (promoções, aumentos salariais e demissões) com base em análises de resultados.
Pontos fracos: Pode deixar os profissionais sob pressão e em busca de um resultado.
O líder coach ou treinador é aquele que guia os profissionais da sua equipe rumo ao aprimoramento e melhoria do desempenho individual. Ele gosta de desafiar seu time e incentivar a participação em cursos e treinamentos para que todos deem o seu melhor.
Pontos fortes: Constrói equipes fortes, confiantes e com profissionais preparados.
Pontos fracos: Pode apostar muito em treinamentos e esquecer a importância do contato direto com a equipe.
Um perfil que vem aparecendo com mais frequência no mercado de trabalho é o do líder workaholic. Por trabalhar muito e colocar os objetivos da empresa em primeiro lugar, ele consegue fazer grandes entregas e dar muito resultado para a organização. Mas, ao mesmo tempo, pode estar pressionando a sua equipe para agir da mesma forma e trabalhar além do esperado.
Pontos fortes: Se antecipa aos problemas e é bem objetivo com seus funcionários.
Pontos fracos: Pode diminuir a produtividade da equipe por não considerar a motivação e necessidades pessoais dos profissionais.
Esses são alguns dos perfis de líderes mais comuns no mercado de trabalho e mais observados em processos seletivos. É importante ressaltar que o perfil do líder ajuda na contratação e na promoção de profissionais, mas ele deve ser considerado junto ao que é necessário para a vaga e para a empresa.
Se tiver as qualificações técnicas necessárias, o profissional também pode passar por treinamentos. O trabalho de coaching também contribui para realçar ou amenizar certas características.
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